Voltando atrás
A pergunta mais usual que me têem ultimamente colocado é: “então que achas de terem acabado a Bejalternativa este ano”?
A resposta, pouco ou nada tem interesse, quando a verdade, não é simplesmente nos dada por quem tomou a decisão. È igualmente verdade, que nem sabemos o autor dela e assim, como podemos aspirar a saber as razões que justificam a sentença?
As respostas de quem até hoje me colocou as perguntas, deixam-me abalado. As palavras que ouço nem quero acreditar, tal justificação é no mínimo um disparate do velho século e apesar de eu contrapor com as dificuldades orçamentais e o desinteresse da população sobre este evento. A realidade é que não me sossega a hipótese de a minha visão estar errada.
A minha teimosia sobre o assunto tem origem no facto de eu ter estado presente como “expositor” nas últimas 3ª edições e não aceito de ânimo leve, argumentos e demagogias sobre a vida cultural aqui em Beja. Sabemos, que apesar das nossas insistentes queixas, abundantes acontecimentos culturais, colocam Beja, num ranking muito confortável no universo dos interesses culturais. A terrível aptidão dos portugueses em serem copiosamente protagonistas, abre portas ao egoísmo e em nome de interesses individuais, essa “protagonite aguda” finda em não servir o bem comum. Aqui, em Beja e em todo o Portugal, não se pratica o princípio da interdisciplinaridade e da multiculturalidade, é essa a terrível mágoa que este povo me deixa. “Cada um por si e Deus por mim” é a máxima desta nação (detesto esta palavra) que acredito muito seguramente, ter sido a mais pesada razão na decisão por alguém tomada.
E porque estes são os meus humildes princípios, recordo que a opinião de um povo é um primórdio muito velho para uma autêntica democracia.
Tenha avondo esta mudez, peçam a verdade, porque é que não se realiza este ano a Bejalternativa?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
De Anónimo a 7 de Abril de 2005 às 01:45
Devo antes de tudo agradecer a participação nesta discussão. Quando se está numa cidade como Beja, percebe-se porque é que os dinheiros públicos sibsidiam maior parte dos eventos culturais. Apesar de eu não ter tido grandes dificuldades na obtenção de apoios às "minhas" actividades, a verdade é que o tecido empresarial pura e simplesmente olha um pedido de apoio como uma despesa e não como um investimento em publicidades. Em abono da verdade, é real também que em Beja, a publicidade é demasiadamente mal vendida e não está certo, que uma empresa que apoio com 1000 eur. veja o seu logotipo "escarrapachado" minúsculamente em 500 cartazes e 1000 desdobráveis. Fosse eu, apoiava mas exigia destaque a esse apoio e é assim, nesta roda confusa que a produção cultural se vai aqui fazendo...apoios da câmara, migalhas das empresas e muita desmotivação em quem deseja fazer alguma coisa! Luis Dinis - okayyam
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(mailto:okayyam@sapo.pt)
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