Segunda-feira, 22 de Março de 2004
Esta noite foi assassinado o Sheik Ahmed Yassin, líder da organização palestiniana Hamas e referência espiritual de muitos Palestinianos. Não me ocorre sequer fazer um elogio póstumo a um homem que incitou o "seu" povo a uma luta violenta contra a ocupação israelita e cuja conduta nunca foi exemplo para ninguém.
O direito à resistência do povo Palestiniano perde-se na sua opção de luta violenta e na lógica de atentados contra civis.
Não pretendo discutir hoje a quem assiste a razão. Embora a cadeira de rodas em que se deslocava pudesse despertar alguma compaixão, o homem era um assassino... E agora é um mártir.
Deixo apenas a dúvida que me persegue há algum tempo e que vi hoje reforçada: Como se classificam estes actos de violência? Quais são os critérios para denominar um determinado acto como "terrorismo" ou como "ataque"? O facto de uma bomba sair de um helicóptero Apache e não de um cinto bomba de um suicida impede que se chame aos seus efeitos destrutivos acto de terrorismo? É certo, o atentado de hoje não matou civis, mas outros mísseis dos mesmos helicópteros já o fizeram e nunca vi nenhum acto de violência por parte dos israelitas denominado de terrorismo. Afinal o que é que distingue estes "ataques" do "terrorismo"? O orçamento disponível em cada lado?
De Anónimo a 23 de Março de 2004 às 00:57
pois no dia em que se devia ter comemorado o dia mundial da água e sériamente debatido a importancia vital de aguá, quer na quantidade, quer na qualidade, e admitir, a poluição e degradação deste vital recurso natural e as televisões do mundo, obviamente, porque sangue e terror, são mais vendáveis que vida e paz. Bom, não querendo dizer muito, logo se vê, porque por agora, é preciso começar a mandar vir caixões, ou abrir valas comuns.
É preciso muita paciencia para esta humanidade, enfim...boa semana!Luis Dinis
</a>
(mailto:)
Comentar: